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"Cada um hospeda dentro de si uma águia. Sente-se portador de um projeto infinito. Quer romper os limites apertados de seu arranjo existencial." Com asas de águia ganhamos altura e somos heróis de nossa própria saga.
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- Maria Regina 7Lagoas
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- Mulher. Filha e mãe, mestre e aprendiz, fortaleza e sensibilidade, história e vida.
Consolidado - Primeira etapa Gestar II
Secretaria Municipal de Educação Sete Lagoas - MG
Maria Regina Vieira Neves e Silva
Formadora de Língua Portuguesa
Eu, Maria Regina Vieira Neves e Silva, licenciada em Letras e pós-graduada em Língua Portuguesa, professora no município de Sete Lagoas – MG, atuo como Formadora do Gestar II de Língua Portuguesa. Aceitei o convite por acreditar na educação, consciente de que através dela modificações e até transformações podem acontecer. Para isso necessitamos de uma educação de qualidade. O programa Gestar II oferece oportunidade aos professores cursistas de aprimorarem a prática diária em busca de melhores resultados junto aos alunos. Inicialmente trabalhei com um grupo grande, cinqüenta e oito professores se inscreveram. A princípio muitos professores demonstraram interesse na possibilidade de conseguirem junto à SME e ao UNIFEMM complementação curricular que complementasse certificação de pós-graduação ao término do Gestar. Percebida a inviabilidade da proposta apresentada, alguns deles deixaram o curso. No decorrer das aulas, vinte cursistas assinaram desistência, outros abandonaram apenas onze professores permanecem freqüentes. As aulas agendadas para o horário matutino aconteceram entre segunda e quinta-feira. Introduzido novo horário aos sábados houve queda significativa na frequência. Os cursistas presentes demonstram interesse e dedicação. Participam ativamente das discussões e reflexões propostas. Apresentam seus anseios, expõem as dificuldades encontradas e discutem as situações, ouvem atentamente uns aos outros. Percebo a dificuldade dos professores em adaptarem as atividades para aplicação em sala de aula, devido ao plano curricular a ser cumprido durante o ano, mesmo sendo atividades de leitura. Os cursistas apresentam facilmente depoimento verbal dos acontecimentos e práticas, porém há demora na entrega dos registros escritos. Alguns cursistas relatam o desenvolvimento do projeto interdisciplinar na escola em que atuam. Outros desenvolvem em escolas distintas um projeto comum a todos. Concluída a primeira etapa do Gestar II espero que cada cursista realmente esteja modificando sua prática de ensino para a construção do conhecimento de seus alunos. Acredito no trabalho realizado. O mesmo está sendo significativo, prazeroso e estimulante para mim e para os cursistas.
Maria Regina Vieira Neves e Silva
Formadora de Língua Portuguesa
Eu, Maria Regina Vieira Neves e Silva, licenciada em Letras e pós-graduada em Língua Portuguesa, professora no município de Sete Lagoas – MG, atuo como Formadora do Gestar II de Língua Portuguesa. Aceitei o convite por acreditar na educação, consciente de que através dela modificações e até transformações podem acontecer. Para isso necessitamos de uma educação de qualidade. O programa Gestar II oferece oportunidade aos professores cursistas de aprimorarem a prática diária em busca de melhores resultados junto aos alunos. Inicialmente trabalhei com um grupo grande, cinqüenta e oito professores se inscreveram. A princípio muitos professores demonstraram interesse na possibilidade de conseguirem junto à SME e ao UNIFEMM complementação curricular que complementasse certificação de pós-graduação ao término do Gestar. Percebida a inviabilidade da proposta apresentada, alguns deles deixaram o curso. No decorrer das aulas, vinte cursistas assinaram desistência, outros abandonaram apenas onze professores permanecem freqüentes. As aulas agendadas para o horário matutino aconteceram entre segunda e quinta-feira. Introduzido novo horário aos sábados houve queda significativa na frequência. Os cursistas presentes demonstram interesse e dedicação. Participam ativamente das discussões e reflexões propostas. Apresentam seus anseios, expõem as dificuldades encontradas e discutem as situações, ouvem atentamente uns aos outros. Percebo a dificuldade dos professores em adaptarem as atividades para aplicação em sala de aula, devido ao plano curricular a ser cumprido durante o ano, mesmo sendo atividades de leitura. Os cursistas apresentam facilmente depoimento verbal dos acontecimentos e práticas, porém há demora na entrega dos registros escritos. Alguns cursistas relatam o desenvolvimento do projeto interdisciplinar na escola em que atuam. Outros desenvolvem em escolas distintas um projeto comum a todos. Concluída a primeira etapa do Gestar II espero que cada cursista realmente esteja modificando sua prática de ensino para a construção do conhecimento de seus alunos. Acredito no trabalho realizado. O mesmo está sendo significativo, prazeroso e estimulante para mim e para os cursistas.
Biografia
Tutora: Aya Ribeiro
Formadora: Maria Regina Vieira Neves e Silva
Cidade: Sete Lagoas - MG
Eu, Maria Regina Vieira Neves e Silva, sou a quarta filha de uma família numerosa, somos oito irmãos. Não é fácil redigir um texto no qual farei registro de minha história de vida, recentemente meu pai aceitou o chamado de Deus, partiu para a eternidade. No momento estou em lágrimas, a saudade dói, espero encontrar palavras adequadas para fazê-lo, pois falar de mim é, em parte, falar de um grande homem. Pois bem, vejamos o que consigo.
Nasci em Sete Lagoas, Minas Gerais, cidade considerada a porta de entrada do sertão. Eu e meus irmãos crescemos no bairro Canaan, local onde reside nossa mãe, a primeira casa construída na rua. Crescemos em espaço amplo, tínhamos quintal com muitas árvores frutíferas, como eram lindas e delicadas as flores dos pessegueiros, sinto o sabor de seus frutos. Das goiabeiras apreciávamos tudo: goiabas, goiabada, compota e a brincadeira de aviãozinho em seus galhos, como são resistentes, quanta envergadura. Nas frondosas mangueiras, nos galhos mais altos, eram amarradas as gangorras: balançar, cortar o ar, sentir meus cabelos ao vento, minha brincadeira preferida ao voltar da escola. Minha mãe também gostava de balançar. Laranjas suculentas, limões graúdos, pitangas vermelhinhas, ameixas carnudas, abacate, pinha, e outras mais. Tudo cultivado por ele, meu pai. Como são sadias as lembranças. Iniciei vida escolar no Jardim Milton Campos, na época funcionava no Casarão da Praça Tiradentes. Posso sentir a segurança daquelas mãos as quais penteavam meus cabelos, conduziam a bicicleta e me deixavam na escola antes de retornar ao trabalho na oficina, meu pai foi excelente mecânico, eu estava com cinco anos de idade. Lembro-me das lições que fazia na mesa da varanda, assistida por minha mãe enquanto cuidava de seus afazeres. O Ensino Fundamental I, na época, chamado de Grupo Escolar, fiz na Escola Estadual “Dr. Arthur Bernardes”. Dei, talvez não, um pouco mais de trabalho à Dona Ilma França, em relação aos estudos, eu já sabia ler. No decorrer dos quatro anos no “Arthur” tive outras professoras interessantes. Mas o que eu mais gostava era de participar do coral da Tia Querida, a professora Maria Munaier Chamon. Ela tocava piano, os ensaios aconteciam na escola e por algumas vezes em sua casa. Fizemos várias apresentações na própria escola, no salão e nas escadarias de frente, até abertura de um show beneficente para a APAE, o artista principal foi o “rei” Roberto Carlos. À noite, meu pai tomava leitura e os fatos de todos nós em idade escolar, só podia ir dormir quem lesse correntemente e soubesse a tabuada de cor. As férias sempre eram na casa de vovó Miluca, em uma cidadezinha próxima a nossa. A religiosidade era uma constante, missa, procissão, reza do terço antes de dormir. Tudo com muita disciplina. Andar no meio do mato, colhendo galhos de alecrim para varrer as brasas no forno de tijolos, era como descobrir um novo território. O preparo de pães, bolos e biscoitos, tudo parecia um ritual: escolher as receitas, separar os ingredientes, untar os tabuleiros, por as medidas certas na gamela e depois as mãos na massa, com muita “ciência” e paciência. Enquanto isso, no fogão a lenha a carne era preparada na panela de ferro e o fogo aquecia a água da serpentina. Passava tanto tempo na casa de minha avó que meu pai costumava achar ruim. Bons momentos. O colégio eu fiz no Estadual, como é conhecido até hoje, uma das escolas de referência na cidade, Escola Estadual “Maurilo de Jesus Peixoto”. A professora Marisa da Conceição Pereira ainda é um exemplo de postura, fala segura e envolvente, correta. No ano do cinquentenário da escola, cursava a 8ª série, vários acontecimentos registraram a data, dentre eles um concurso de trovas. Fui classificada em primeiro lugar, o troféu me acompanha até hoje, um recorte de jornal com o resultado foi guardado por muitos anos, por minha mãe. A fanfarra da escola era destaque nos desfiles de sete de setembro e os alunos impecavelmente uniformizados participavam da procissão de Corpus Christi. A religiosidade continuava presente. O Ensino Médio cursei no Instituto Regina Pacis, colégio da irmandade Clarissas Franciscanas. Lá encontrei vários colegas da educação infantil, do grupo e do colégio. Silvinha Andrade, Cínzia e eu fomos colegas de escola por quinze anos. Rita de Cássia e Alessandra Aquino amigas de valor inestimável. Naquela época, o primeiro ano era comum a todos e os dois seguintes profissionalizantes, Magistério, Secretariado e Auxiliar de Patologia Clínica. Sabiamente dona Neiva, minha mãe, tentou que eu optasse pelo Magistério, mas insistentemente e contrária à indicação, fiz Auxiliar de Patologia Clínica. Sonhava em cursar Terapia Ocupacional. Prestei o primeiro exame de vestibular assim que concluí o Ensino Médio. Percebi que era necessário muito preparo para ingressar na UFMG. A única coisa que meu pai exigia de todos nós era o estudo. Ele dizia: Obrigação de vocês é estudar, até o Ensino Médio eu dou, depois é por conta de cada um. E o danado trabalhou sob sol e chuva para dar condições a todos nós de cumprirmos nossa tarefa. Um guerreiro, um líder, na verdade um herói. Continuava em meus pensamentos o curso de TO. Precisava me preparar num cursinho, porém o custo era alto. Comecei a trabalhar durante o dia e à noite eu e duas amigas, Silvia e Alessandra, estudávamos na casa de uma delas. Passados alguns meses matriculei-me no cursinho, prestei vestibular e a UFMG permaneceu distante dos meus sonhos. Continuei trabalhando, iniciei um curso na Aliança Francesa com a professora Nanci, e um de pintura em telas com a artista Belkiss Shireiber. Desde pequena admiro as artes. Mudança radical aconteceu nos meus planos, me apaixonei, casei, gerei duas criaturinhas encantadoras. Primeiro a Mariana, pela aveludada, serena. Três anos mais tarde o Luís Filipe, parecia um tourozinho. Após o encanto da maternidade fui capaz de entender o feito de meus pais por mim e meus irmãos. Alguns anos se passaram até eu retomar os estudos. Matriculei-me em um curso de Magistério, após concluí-lo comecei a lecionar. Os estudos tornaram uma constante, logo após ingressei no curso de Letras na FEMM – Sete Lagoas. Difícil conciliar as atribuições de mãe e filha, esposa e mulher, professora e estudante. Entre tantas intempéries consegui, saí vencedora em mais uma batalha, as pessoas que mais torceram por mim e contribuíram para meu crescimento, não poderia ser diferente, estiveram comigo nas lutas e na glória. A emoção na celebração de ação de graças, a satisfação na colação de grau e a alegria no baile inegavelmente foram momentos de intensa felicidade. Sorrisos, risos e lágrimas se misturavam em nossos semblantes. Ainda na euforia da vitória, a busca por conquistas permanecia. Inscrevi-me para seleção da pós-graduação na PUC-MINAS, fui classificada para o PREPES para especialização em Língua Portuguesa. Durante dois anos, o período de minhas férias escolares regulares, feriados e finais de semana, noites de sono foram transformados em dias de estudo e pesquisa. Nunca recebi tanta informação em tempo relativamente curto. Muito mais que conhecimento acadêmico, o aprendizado será para a vida. As lembranças de alguns professores serão eternas. Hugo Mari saberes e desprendimento, Rosângela Borges segurança e simplicidade, Maria Antonieta competência e sedução, Ivete Valty conhecimento e envolvimento, Maria Nazaré profissionalismo e proximidade, Samuel reconhecimento e incentivo. Quanta diversidade, conheci pessoas vindas de norte a sul do país. Mais uma vez, Deus enviou um anjo para atuar na minha vida, Áurea Stella, mais que colega de curso, uma irmã acolhedora, gentil de fala mansa. Confesso que esses dois anos foram uns dos mais intensos e expressivos vividos por mim. Concluída a pós, permaneci na busca pelo aprendizado, certa de que posso fazer mais e cada vez melhor. Certa de que todos aprendem, mas sem entender porque uns com mais e outros com menos facilidade, ou mesmo aprendem pouco mesmo sendo muito inteligentes, fiz o Curso Internacional de Dislexia de Leitura – Síndrome de Irlen. Trabalho ativamente em prol da melhoria da qualidade da educação. Entre uns e outros, aqui estou envolvida pelo Gestar II, um dos programas mais efetivos do MEC. Reviro as palavras, busco com muita “ciência” realizar algo significativo para mim e aqueles que, como eu, necessitam delas. Como dizia o senhor Nei, meu querido pai: o que tiver que fazer, faça direito. Acredito que é assim que faço.
Formadora: Maria Regina Vieira Neves e Silva
Cidade: Sete Lagoas - MG
Eu, Maria Regina Vieira Neves e Silva, sou a quarta filha de uma família numerosa, somos oito irmãos. Não é fácil redigir um texto no qual farei registro de minha história de vida, recentemente meu pai aceitou o chamado de Deus, partiu para a eternidade. No momento estou em lágrimas, a saudade dói, espero encontrar palavras adequadas para fazê-lo, pois falar de mim é, em parte, falar de um grande homem. Pois bem, vejamos o que consigo.
Nasci em Sete Lagoas, Minas Gerais, cidade considerada a porta de entrada do sertão. Eu e meus irmãos crescemos no bairro Canaan, local onde reside nossa mãe, a primeira casa construída na rua. Crescemos em espaço amplo, tínhamos quintal com muitas árvores frutíferas, como eram lindas e delicadas as flores dos pessegueiros, sinto o sabor de seus frutos. Das goiabeiras apreciávamos tudo: goiabas, goiabada, compota e a brincadeira de aviãozinho em seus galhos, como são resistentes, quanta envergadura. Nas frondosas mangueiras, nos galhos mais altos, eram amarradas as gangorras: balançar, cortar o ar, sentir meus cabelos ao vento, minha brincadeira preferida ao voltar da escola. Minha mãe também gostava de balançar. Laranjas suculentas, limões graúdos, pitangas vermelhinhas, ameixas carnudas, abacate, pinha, e outras mais. Tudo cultivado por ele, meu pai. Como são sadias as lembranças. Iniciei vida escolar no Jardim Milton Campos, na época funcionava no Casarão da Praça Tiradentes. Posso sentir a segurança daquelas mãos as quais penteavam meus cabelos, conduziam a bicicleta e me deixavam na escola antes de retornar ao trabalho na oficina, meu pai foi excelente mecânico, eu estava com cinco anos de idade. Lembro-me das lições que fazia na mesa da varanda, assistida por minha mãe enquanto cuidava de seus afazeres. O Ensino Fundamental I, na época, chamado de Grupo Escolar, fiz na Escola Estadual “Dr. Arthur Bernardes”. Dei, talvez não, um pouco mais de trabalho à Dona Ilma França, em relação aos estudos, eu já sabia ler. No decorrer dos quatro anos no “Arthur” tive outras professoras interessantes. Mas o que eu mais gostava era de participar do coral da Tia Querida, a professora Maria Munaier Chamon. Ela tocava piano, os ensaios aconteciam na escola e por algumas vezes em sua casa. Fizemos várias apresentações na própria escola, no salão e nas escadarias de frente, até abertura de um show beneficente para a APAE, o artista principal foi o “rei” Roberto Carlos. À noite, meu pai tomava leitura e os fatos de todos nós em idade escolar, só podia ir dormir quem lesse correntemente e soubesse a tabuada de cor. As férias sempre eram na casa de vovó Miluca, em uma cidadezinha próxima a nossa. A religiosidade era uma constante, missa, procissão, reza do terço antes de dormir. Tudo com muita disciplina. Andar no meio do mato, colhendo galhos de alecrim para varrer as brasas no forno de tijolos, era como descobrir um novo território. O preparo de pães, bolos e biscoitos, tudo parecia um ritual: escolher as receitas, separar os ingredientes, untar os tabuleiros, por as medidas certas na gamela e depois as mãos na massa, com muita “ciência” e paciência. Enquanto isso, no fogão a lenha a carne era preparada na panela de ferro e o fogo aquecia a água da serpentina. Passava tanto tempo na casa de minha avó que meu pai costumava achar ruim. Bons momentos. O colégio eu fiz no Estadual, como é conhecido até hoje, uma das escolas de referência na cidade, Escola Estadual “Maurilo de Jesus Peixoto”. A professora Marisa da Conceição Pereira ainda é um exemplo de postura, fala segura e envolvente, correta. No ano do cinquentenário da escola, cursava a 8ª série, vários acontecimentos registraram a data, dentre eles um concurso de trovas. Fui classificada em primeiro lugar, o troféu me acompanha até hoje, um recorte de jornal com o resultado foi guardado por muitos anos, por minha mãe. A fanfarra da escola era destaque nos desfiles de sete de setembro e os alunos impecavelmente uniformizados participavam da procissão de Corpus Christi. A religiosidade continuava presente. O Ensino Médio cursei no Instituto Regina Pacis, colégio da irmandade Clarissas Franciscanas. Lá encontrei vários colegas da educação infantil, do grupo e do colégio. Silvinha Andrade, Cínzia e eu fomos colegas de escola por quinze anos. Rita de Cássia e Alessandra Aquino amigas de valor inestimável. Naquela época, o primeiro ano era comum a todos e os dois seguintes profissionalizantes, Magistério, Secretariado e Auxiliar de Patologia Clínica. Sabiamente dona Neiva, minha mãe, tentou que eu optasse pelo Magistério, mas insistentemente e contrária à indicação, fiz Auxiliar de Patologia Clínica. Sonhava em cursar Terapia Ocupacional. Prestei o primeiro exame de vestibular assim que concluí o Ensino Médio. Percebi que era necessário muito preparo para ingressar na UFMG. A única coisa que meu pai exigia de todos nós era o estudo. Ele dizia: Obrigação de vocês é estudar, até o Ensino Médio eu dou, depois é por conta de cada um. E o danado trabalhou sob sol e chuva para dar condições a todos nós de cumprirmos nossa tarefa. Um guerreiro, um líder, na verdade um herói. Continuava em meus pensamentos o curso de TO. Precisava me preparar num cursinho, porém o custo era alto. Comecei a trabalhar durante o dia e à noite eu e duas amigas, Silvia e Alessandra, estudávamos na casa de uma delas. Passados alguns meses matriculei-me no cursinho, prestei vestibular e a UFMG permaneceu distante dos meus sonhos. Continuei trabalhando, iniciei um curso na Aliança Francesa com a professora Nanci, e um de pintura em telas com a artista Belkiss Shireiber. Desde pequena admiro as artes. Mudança radical aconteceu nos meus planos, me apaixonei, casei, gerei duas criaturinhas encantadoras. Primeiro a Mariana, pela aveludada, serena. Três anos mais tarde o Luís Filipe, parecia um tourozinho. Após o encanto da maternidade fui capaz de entender o feito de meus pais por mim e meus irmãos. Alguns anos se passaram até eu retomar os estudos. Matriculei-me em um curso de Magistério, após concluí-lo comecei a lecionar. Os estudos tornaram uma constante, logo após ingressei no curso de Letras na FEMM – Sete Lagoas. Difícil conciliar as atribuições de mãe e filha, esposa e mulher, professora e estudante. Entre tantas intempéries consegui, saí vencedora em mais uma batalha, as pessoas que mais torceram por mim e contribuíram para meu crescimento, não poderia ser diferente, estiveram comigo nas lutas e na glória. A emoção na celebração de ação de graças, a satisfação na colação de grau e a alegria no baile inegavelmente foram momentos de intensa felicidade. Sorrisos, risos e lágrimas se misturavam em nossos semblantes. Ainda na euforia da vitória, a busca por conquistas permanecia. Inscrevi-me para seleção da pós-graduação na PUC-MINAS, fui classificada para o PREPES para especialização em Língua Portuguesa. Durante dois anos, o período de minhas férias escolares regulares, feriados e finais de semana, noites de sono foram transformados em dias de estudo e pesquisa. Nunca recebi tanta informação em tempo relativamente curto. Muito mais que conhecimento acadêmico, o aprendizado será para a vida. As lembranças de alguns professores serão eternas. Hugo Mari saberes e desprendimento, Rosângela Borges segurança e simplicidade, Maria Antonieta competência e sedução, Ivete Valty conhecimento e envolvimento, Maria Nazaré profissionalismo e proximidade, Samuel reconhecimento e incentivo. Quanta diversidade, conheci pessoas vindas de norte a sul do país. Mais uma vez, Deus enviou um anjo para atuar na minha vida, Áurea Stella, mais que colega de curso, uma irmã acolhedora, gentil de fala mansa. Confesso que esses dois anos foram uns dos mais intensos e expressivos vividos por mim. Concluída a pós, permaneci na busca pelo aprendizado, certa de que posso fazer mais e cada vez melhor. Certa de que todos aprendem, mas sem entender porque uns com mais e outros com menos facilidade, ou mesmo aprendem pouco mesmo sendo muito inteligentes, fiz o Curso Internacional de Dislexia de Leitura – Síndrome de Irlen. Trabalho ativamente em prol da melhoria da qualidade da educação. Entre uns e outros, aqui estou envolvida pelo Gestar II, um dos programas mais efetivos do MEC. Reviro as palavras, busco com muita “ciência” realizar algo significativo para mim e aqueles que, como eu, necessitam delas. Como dizia o senhor Nei, meu querido pai: o que tiver que fazer, faça direito. Acredito que é assim que faço.
Memorial de leitura
Formadora: Maria Regina Vieira Neves e Silva
Cidade: Sete Lagoas – MG
Ler é mergulhar nas palavras, explorar profundezas ou simplesmente sentir o balanço dos sons. Desde pequenina estive envolvida com a leitura. Na casa de minha avó materna, onde costumava passar boas temporadas, a leitura era uma constante. Meu avô José Lino assinava a revista Seleções, minha avó a revista Família Cristã, minhas tias liam as revistas O cruzeiro, Fatos e Fotos e mais tarde Manchete. As revistas francesas de moda também estavam por lá. A Bíblia sempre ocupou lugar de destaque, vovó a leu três ou cinco vezes, não tenho bem certeza. Na casa de minha bisavó Tite as tias Adélia e Geralda liam compulsivamente. Duas de minhas tias eram professoras. Cresci naquele ambiente letrado. Observava a preparação das aulas, manuseava a cartilha Sodré, facilmente aprendi a ler, relacionava os desenhos com as palavras, balbuciava e imediatamente recebia um elogio. Dona Ilma França minha professora do primeiro ano na Escola Estadual “Dr. Arthur Bernardes” alfabetizava os alunos pelo método global. Lembro-me da história em cartazes Os Três porquinhos. Muitas foram as histórias lidas, contadas e sonhadas “A Bonequinha preta”, “O bonequinho doce”, “Pinóquio”, “Soldadinho de chumbo”, “Rapunzel”, os contos de fadas, fábulas. Impossível registrar todas elas. Alguns livros da infância e adolescência guardo como relíquia “As mais belas histórias”, “O cavalinho azul”, “Polyana”, “O pequeno príncipe”, “O menino do dedo verde”, “Fernão Capelo Gaivota”. Durante o período escolar era comum os professores de Português exigirem a leitura de obras de Machado de Assis, José de Alencar, Graciliano Ramos, entre outros. Quando o professor Vicente indicou o livro “O Guarani” li um livro original pertencente ao acervo de um tio, irmão do meu pai. Costumava pegar por empréstimo tanto as obras para leitura obrigatória como as que realizava por prazer. Visitava semanalmente as bibliotecas do colégio e da Casa do Estudante, a capa de “Os Lusíadas” era vermelha com escrita dourada, acreditem, eu o li aos 13 anos. Durante as férias grandes emoções tomavam meus pensamentos, naquela época despertava em mim o gosto pela história antiga: grega, romana, egípcia. Meu pai sempre proporcionou tudo o que fosse necessário para nossos estudos, tínhamos boas coleções além dos exemplares avulsos. As palavras exerciam efeito alucinógeno, e assim fazem até hoje, desenvolvi a capacidade de me transportar para a obra, vivenciá-la, emocionar-me, visualizar os palcos dos acontecimentos, dialogar com o autor e até mesmo questioná-lo. Após iniciar um livro mal tirava os olhos dele, vovó Miluca dizia “Levanta um pouco, assim vai ficar com a bunda amassada”. Mal terminava um livro iniciava outro. A biblioteca da casa de tia Alice era de admirar, coleções completas os mais variados autores. Mais tarde, influenciada por colegas de escola, conheci outros autores, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Jorge Amado, Rubem Alves e Cora Coralina são alguns deles. Cheguei a fazer parte do Círculo do livro meu primeiro exemplar foi “A ira dos anjos” de Sidney Sheldon. Algum tempo depois, não sei bem quantas vezes, li “A fada que tinha idéias”, o preferido de minha filha antes de dormir. Passei um período sem leituras, mantive contato apenas com revistas. Um vazio tomou conta de mim, passei a sentir necessidade de conhecimento, saberes ainda inalcançados. Após retomar vida profissional e ingressar na faculdade o foco de leitura mudou totalmente. Além dos didáticos e literários para análise, lia os paradidáticos. Uma pessoa próxima, sabendo que sou educadora, emprestou-me “Pais brilhantes professores fascinantes” de Augusto Cury. Gostei tanto que li vários outros de sua autoria: “A sabedoria nossa de cada dia – Os segredos do Pai Nosso”, “A ditadura da beleza e a revolução das mulheres”, “A incrível verdade sobre as mães”, “Maria, a maior educadora da História”, “O futuro da Humanidade”, “O código da inteligência”. Outros títulos fazem parte desse memorial: “Carta aberta às mães”, "Comer, rezar, amar”, “O mundo de Sofia”, “Quem me roubou de mim?”, “O livro da arte de viver”, “O monge e o executivo”, “A águia e a galinha” são alguns exemplos, “A cabana”, muito recomendado por minha mãe, será o próximo. Quantas foram as obras que contribuíram para meu crescimento pessoal e profissional? Não sei dizer. A única certeza que tenho é que já não sou mais a mesma, a busca permanece e as páginas de minha história são registradas nas buscas incansáveis de uma caminhada a qual tem como Condutor o Único Autor da Obra intitulada VIDA.
Cidade: Sete Lagoas – MG
Ler é mergulhar nas palavras, explorar profundezas ou simplesmente sentir o balanço dos sons. Desde pequenina estive envolvida com a leitura. Na casa de minha avó materna, onde costumava passar boas temporadas, a leitura era uma constante. Meu avô José Lino assinava a revista Seleções, minha avó a revista Família Cristã, minhas tias liam as revistas O cruzeiro, Fatos e Fotos e mais tarde Manchete. As revistas francesas de moda também estavam por lá. A Bíblia sempre ocupou lugar de destaque, vovó a leu três ou cinco vezes, não tenho bem certeza. Na casa de minha bisavó Tite as tias Adélia e Geralda liam compulsivamente. Duas de minhas tias eram professoras. Cresci naquele ambiente letrado. Observava a preparação das aulas, manuseava a cartilha Sodré, facilmente aprendi a ler, relacionava os desenhos com as palavras, balbuciava e imediatamente recebia um elogio. Dona Ilma França minha professora do primeiro ano na Escola Estadual “Dr. Arthur Bernardes” alfabetizava os alunos pelo método global. Lembro-me da história em cartazes Os Três porquinhos. Muitas foram as histórias lidas, contadas e sonhadas “A Bonequinha preta”, “O bonequinho doce”, “Pinóquio”, “Soldadinho de chumbo”, “Rapunzel”, os contos de fadas, fábulas. Impossível registrar todas elas. Alguns livros da infância e adolescência guardo como relíquia “As mais belas histórias”, “O cavalinho azul”, “Polyana”, “O pequeno príncipe”, “O menino do dedo verde”, “Fernão Capelo Gaivota”. Durante o período escolar era comum os professores de Português exigirem a leitura de obras de Machado de Assis, José de Alencar, Graciliano Ramos, entre outros. Quando o professor Vicente indicou o livro “O Guarani” li um livro original pertencente ao acervo de um tio, irmão do meu pai. Costumava pegar por empréstimo tanto as obras para leitura obrigatória como as que realizava por prazer. Visitava semanalmente as bibliotecas do colégio e da Casa do Estudante, a capa de “Os Lusíadas” era vermelha com escrita dourada, acreditem, eu o li aos 13 anos. Durante as férias grandes emoções tomavam meus pensamentos, naquela época despertava em mim o gosto pela história antiga: grega, romana, egípcia. Meu pai sempre proporcionou tudo o que fosse necessário para nossos estudos, tínhamos boas coleções além dos exemplares avulsos. As palavras exerciam efeito alucinógeno, e assim fazem até hoje, desenvolvi a capacidade de me transportar para a obra, vivenciá-la, emocionar-me, visualizar os palcos dos acontecimentos, dialogar com o autor e até mesmo questioná-lo. Após iniciar um livro mal tirava os olhos dele, vovó Miluca dizia “Levanta um pouco, assim vai ficar com a bunda amassada”. Mal terminava um livro iniciava outro. A biblioteca da casa de tia Alice era de admirar, coleções completas os mais variados autores. Mais tarde, influenciada por colegas de escola, conheci outros autores, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Jorge Amado, Rubem Alves e Cora Coralina são alguns deles. Cheguei a fazer parte do Círculo do livro meu primeiro exemplar foi “A ira dos anjos” de Sidney Sheldon. Algum tempo depois, não sei bem quantas vezes, li “A fada que tinha idéias”, o preferido de minha filha antes de dormir. Passei um período sem leituras, mantive contato apenas com revistas. Um vazio tomou conta de mim, passei a sentir necessidade de conhecimento, saberes ainda inalcançados. Após retomar vida profissional e ingressar na faculdade o foco de leitura mudou totalmente. Além dos didáticos e literários para análise, lia os paradidáticos. Uma pessoa próxima, sabendo que sou educadora, emprestou-me “Pais brilhantes professores fascinantes” de Augusto Cury. Gostei tanto que li vários outros de sua autoria: “A sabedoria nossa de cada dia – Os segredos do Pai Nosso”, “A ditadura da beleza e a revolução das mulheres”, “A incrível verdade sobre as mães”, “Maria, a maior educadora da História”, “O futuro da Humanidade”, “O código da inteligência”. Outros títulos fazem parte desse memorial: “Carta aberta às mães”, "Comer, rezar, amar”, “O mundo de Sofia”, “Quem me roubou de mim?”, “O livro da arte de viver”, “O monge e o executivo”, “A águia e a galinha” são alguns exemplos, “A cabana”, muito recomendado por minha mãe, será o próximo. Quantas foram as obras que contribuíram para meu crescimento pessoal e profissional? Não sei dizer. A única certeza que tenho é que já não sou mais a mesma, a busca permanece e as páginas de minha história são registradas nas buscas incansáveis de uma caminhada a qual tem como Condutor o Único Autor da Obra intitulada VIDA.
Auto-avaliação
Tutora: Aya Ribeiro
Formadora: Maria Regina Vieira Neves e Silva
Cidade: Sete Lagoas - MG
No início do ano de 2009, fui convidada a trabalhar como professora Formadora do curso Gestar II de Língua Portuguesa, voltado à melhoria da qualidade da educação, aceitei o desafio. Na primeira semana de estudos em Belo Horizonte percebi que a proposta de trabalho do Gestar II é bastante semelhante à minha prática. Procurei absorver o máximo possível de informações no intuito de realizar um trabalho bastante significativo para todos nós. Confesso ter retornado a Sete Lagoas com muitas dúvidas relacionadas ao desenvolvimento do curso. Essas dúvidas não foram um grande problema, as que não conseguíamos resolver eram direcionadas à nossa tutora Aya Ribeiro, gentilmente recebíamos todas as orientações necessárias. Iniciamos as oficinas coletivas com uma aula interdisciplinar envolvendo os cursistas de Língua Portuguesa e Matemática. Tendo como objetivo principal mostrar a eles o quanto o trabalho interdisciplinar é produtivo, que o mesmo é elaborado a partir de um tema central, e que materiais alternativos proporcionam excelentes resultados. A aula foi maravilhosa, ficamos muito felizes. A partir daí as oficinas foram desenvolvidas de acordo com a sequência proposta nas TPs. No início do curso a turma era grande, mais de cinqüenta cursistas, ao término das aulas estava feliz com o resultado, pois conseguia desenvolver as atividades propostas atendendo às recomendações do programa. A partir da quarta aula específica de Língua Portuguesa o grupo reduziu radicalmente. Tentamos de todas as maneiras possíveis que os cursistas se mantivessem no programa, mas foram irredutíveis. Passei a trabalhar com um grupo pequeno, mas o fato não comprometeu o desenvolvimento das atividades. Continuei estudando cada uma das unidades, planejando bem as aulas, importante ressaltar que faço uso do material disponibilizado pela professora Aya. As cursistas frequentes comentavam o resultado das oficinas nas escolas em que lecionam. Algumas de suas colegas retornaram por reconhecerem que o curso havia feito alguma diferença positiva nas suas aulas e sentiram faltam do aprendizado e das reflexões realizadas pelo grupo. Hoje trabalho com média de treze cursistas por oficina. O grupo é coeso, concentrado, compartilhamos experiências positivas e negativas, o conhecimento é construído por todas. Nossos encontros tornaram-se mais prazerosos, mesmo nas manhãs de sábado, todas chegam sorrindo trazendo novidades e em busca de mais crescimento. Na ocasião do segundo encontro de formadores em Belo Horizonte necessitei me ausentar antes do término da capacitação, mais precisamente, no final da manhã de quinta-feira, dia 27 de agosto. Meu querido pai que estava enfermo havia piorado nos últimos dias, naquela manhã recebi um telefonema informando a gravidade de seu estado e que estava hospitalizado. Retornei a Sete Lagoas imediatamente. O ocorrido não comprometeu a qualidade de meu trabalho, o material disponibilizado pela tutora Aya e o conteúdo de aula da tarde de quinta-feira de do dia 28 me foram repassado por Sara Nogueira, coordenadora pedagógica do Gestar II em Sete Lagoas. O estudo das últimas TPs transcorreu mais facilmente por motivos significativos, as cursistas estão mais seguras e eu domino o conteúdo com certa facilidade. Os assuntos das TPs 1 e 2 foram tema da monografia por mim desenvolvida no curso de pós-graduação, fato que positivamente contribuiu com o estudo. Nosso trabalho está em fase de conclusão, dependemos de mais dois encontros para finalizá-lo. Até o presente momento tenho a certeza de realizá-lo positivamente.
Formadora: Maria Regina Vieira Neves e Silva
Cidade: Sete Lagoas - MG
No início do ano de 2009, fui convidada a trabalhar como professora Formadora do curso Gestar II de Língua Portuguesa, voltado à melhoria da qualidade da educação, aceitei o desafio. Na primeira semana de estudos em Belo Horizonte percebi que a proposta de trabalho do Gestar II é bastante semelhante à minha prática. Procurei absorver o máximo possível de informações no intuito de realizar um trabalho bastante significativo para todos nós. Confesso ter retornado a Sete Lagoas com muitas dúvidas relacionadas ao desenvolvimento do curso. Essas dúvidas não foram um grande problema, as que não conseguíamos resolver eram direcionadas à nossa tutora Aya Ribeiro, gentilmente recebíamos todas as orientações necessárias. Iniciamos as oficinas coletivas com uma aula interdisciplinar envolvendo os cursistas de Língua Portuguesa e Matemática. Tendo como objetivo principal mostrar a eles o quanto o trabalho interdisciplinar é produtivo, que o mesmo é elaborado a partir de um tema central, e que materiais alternativos proporcionam excelentes resultados. A aula foi maravilhosa, ficamos muito felizes. A partir daí as oficinas foram desenvolvidas de acordo com a sequência proposta nas TPs. No início do curso a turma era grande, mais de cinqüenta cursistas, ao término das aulas estava feliz com o resultado, pois conseguia desenvolver as atividades propostas atendendo às recomendações do programa. A partir da quarta aula específica de Língua Portuguesa o grupo reduziu radicalmente. Tentamos de todas as maneiras possíveis que os cursistas se mantivessem no programa, mas foram irredutíveis. Passei a trabalhar com um grupo pequeno, mas o fato não comprometeu o desenvolvimento das atividades. Continuei estudando cada uma das unidades, planejando bem as aulas, importante ressaltar que faço uso do material disponibilizado pela professora Aya. As cursistas frequentes comentavam o resultado das oficinas nas escolas em que lecionam. Algumas de suas colegas retornaram por reconhecerem que o curso havia feito alguma diferença positiva nas suas aulas e sentiram faltam do aprendizado e das reflexões realizadas pelo grupo. Hoje trabalho com média de treze cursistas por oficina. O grupo é coeso, concentrado, compartilhamos experiências positivas e negativas, o conhecimento é construído por todas. Nossos encontros tornaram-se mais prazerosos, mesmo nas manhãs de sábado, todas chegam sorrindo trazendo novidades e em busca de mais crescimento. Na ocasião do segundo encontro de formadores em Belo Horizonte necessitei me ausentar antes do término da capacitação, mais precisamente, no final da manhã de quinta-feira, dia 27 de agosto. Meu querido pai que estava enfermo havia piorado nos últimos dias, naquela manhã recebi um telefonema informando a gravidade de seu estado e que estava hospitalizado. Retornei a Sete Lagoas imediatamente. O ocorrido não comprometeu a qualidade de meu trabalho, o material disponibilizado pela tutora Aya e o conteúdo de aula da tarde de quinta-feira de do dia 28 me foram repassado por Sara Nogueira, coordenadora pedagógica do Gestar II em Sete Lagoas. O estudo das últimas TPs transcorreu mais facilmente por motivos significativos, as cursistas estão mais seguras e eu domino o conteúdo com certa facilidade. Os assuntos das TPs 1 e 2 foram tema da monografia por mim desenvolvida no curso de pós-graduação, fato que positivamente contribuiu com o estudo. Nosso trabalho está em fase de conclusão, dependemos de mais dois encontros para finalizá-lo. Até o presente momento tenho a certeza de realizá-lo positivamente.
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